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Filho: O Dom mais excelente – 5ª Parte

Filho: O Dom mais excelente – 5ª Parte

Familiaris Consortio afirma categoricamente: “A incumbência fundamental da família é o serviço à vida, é realizar, através da história, a bênção originária do Criador, transmitindo a imagem divina pelas gerações de homem a homem” (FC 28).

Na família, santuário da vida, assinala a Encíclica Evangelium Vitae, “dentro do povo, da vida e para a vida, é decisiva a responsabilidade da família, é uma responsabilidade que brota de sua própria natureza”. “Por isso, o papel da família na edificação da cultura da vida é determinante e insubstituível. Como Igreja doméstica, a família é chamada a anunciar, celebrar e servir o Evangelho da Vida. É um trabalho que diz respeito principalmente aos esposos, chamados a transmitir a vida, sendo cada vez mais conscientes do significado da procriação como acontecimento privilegiado, que manifesta a vida humana como um dom recebido para ser dado” (EV 92).

A família anuncia o Evangelho da Vida através da educação dos filhos, celebra o Evangelho da vida com a oração quotidiana, celebração que se exprime na existência quotidiana e é ao serviço da vida que se exprime através da solidariedade. Tudo isto faz parte de uma integral pastoral familiar: redescobrir e viver com alegria e com coragem a sua missão em relação ao Evangelho da Vida (EV 92-94).

Realmente, não se pode separar a família do seu serviço essencial à vida, com tão clara raiz conciliar (GS 50), e confirmada também no conjunto do magistério e na pastoral da família: “O matrimônio e o amor conjugal estão ordenados, pela sua própria natureza, à procriação e educação dos filhos” (GS 50). A relação da família com a vida é mais completa, direta e integral. Todos estão convidados à proclamação e defesa da vida. “É urgente uma mobilização geral das consciências e um comum esforço ético, para por em prática uma grande estratégia em favor da vida. Todos juntos devemos construir uma nova cultura da vida” (EV 95). Todos têm um papel importante a desempenhar. Refere-se o Papa à missão dos professores e educadores, dos intelectuais, dos meios de comunicação. E ele recorda a criação da Academia Pontifícia para a Vida, com suas peculiares funções (EV 98).

A esta perspectiva de estreitíssima conexão entre a família e a vida, obedeceu, sem dúvida, a criação do Pontifício Conselho para a Família, em 13 de maio de 1981, idealizado pelo Papa João Paulo II, não só em relação à instituição familiar, mas como uma missão especial, como Secretariado da Santa Sé, indicada no artigo 141, 3 da Constituição Apostólica sobre a Cúria Romana Pastor Bonus. “Esforça-se [o Pontifício Conselho para a Família] para que sejam reconhecidos e defendidos os direitos da família, também na vida social e política; sustenta e coordena as iniciativas para a tutela da vida humana desde a sua concepção e em favor da procriação responsável”.

Fonte: Artigo sobre “Família: Dom e Compromisso, Esperança da Humanidade” do Cardeal Alfonso Lopez Trujillo.
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