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Os esposos separados e a Igreja – 2ª Parte

Os esposos separados e a Igreja – 2ª Parte

A Igreja crê firmemente que o matrimônio cristão é indissolúvel. Por isso, ela encoraja os esposos separados a permanecerem fieis aos seus compromissos matrimoniais, apesar da dura situação em que se encontram, e a fazerem a experiência do perdão, que liberta das mágoas e tranquiliza a consciência. E, se não contraírem nova união conjugal e se derem prova de um verdadeiro perdão, os esposos separados poderão aproximar-se dos sacramentos sem impedimento algum.

Dessa forma, assim como qualquer outro fiel, os esposos separados precisam cumprir fielmente sua vivência cristã, mediante a prática da oração pessoal e comunitária, da leitura e meditação da Palavra de Deus, da plena participação na Missa e na comunhão eucarística, da assídua recepção do Sacramento da Penitência e da participação em alguma atividade pastoral ou caritativa, que esteja ao seu alcance e de acordo com seus dons.

A Igreja considera também como filhos seus, os esposos separados que contraíram novas núpcias, depois de se divorciarem no civil, e também a eles quer comunicar seus meios de salvação. Inclusive os convida a participarem, enquanto possível, da vida da Igreja, como ouvintes assíduos da Palavra de Deus, participando da Missa, dos demais momentos de oração comunitária e das obras de caridade.

Porém, conforme uma tradição antiga, a Igreja não permite aos casais em 2ª união receberem os sacramentos, sobretudo a comunhão eucarística. Ao mesmo tempo, ela insiste que esses casais podem alcançar a graça da conversão e da salvação de Deus, que é bom e misericordioso, desde que permaneçam firmes na vida de oração, na penitência e na caridade.

A Igreja tem consciência dessas situações lastimáveis e sabe que precisa acompanhar a vida espiritual dos casais que se encontram numa situação matrimonial irregular, para que possam participar frutuosamente da Missa, mesmo sem receber a comunhão eucarística.

Por isso, a Igreja pede que pessoas de fé, praticantes dos valores cristãos e participantes da comunidade eclesial, ofereçam seus serviços pastorais para o acompanhamento espiritual desses nossos irmãos. Esta é uma das tarefas da Pastoral Familiar. Daí, a importância e a necessidade desta pastoral em nossas paróquias.

(7ª parte do artigo de Dom Félix sobre “Família Cristã”)
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