Uma cerimônia realizada no último domingo, 28, reuniu milhares de fiéis em comemoração ao centenário da diocese de Caratinga (MG). Cerca de sete mil fiéis das 52 paróquias da diocese prestigiaram o encerramento das festividades de 100 anos da diocese, que teve como tema “Discípulos missionários, somos todos luz do mundo” e lema “Lâmpada que arde e ilumina”.
Durante a cerimônia de abertura, foram entronizadas as bandeiras das cidades que compõem a diocese, dos brasões dos seis bispos, além da bandeira nacional e do Vaticano. Em seguida, a imagem de São João Batista, padroeiro da diocese, foi levada ao altar pelos três padres mais idosos da região, padres Demerval Botelho, Humberto Boreli e monsenhor Raul Motta, e acolhida pelo bispo diocesano, dom Emanuel Messias.
Dom Emanuel presidiu a celebração eucarística, que foi concelebrada pelos arcebispos dom Geraldo Lyrio Rocha, de Mariana (MG); e dom Paulo Mendes Peixoto, de Uberaba (MG); e pelos bispos diocesanos dom Marco Aurélio, de Itabira-Cel.Fabriciano (MG); dom Antônio Félix, de Governador Valadares (MG); dom Marcello Romano, de Araçuaí (MG); além do bispo auxiliar de Vitória, dom Rubens Sevilha, e do bispo emérito de Itabira-Cel. Fabriciano, dom Odilon Guimarães Moreira. Cerca de cem padres e quatro diáconos também participaram da celebração.
Igreja, luz do mundo
Em sua homilia, o bispo de Caratinga valorizou São João Batista, lembrando que “João significa Deus é misericordioso e essa é a grande notícia que o precursor do messias veio trazer”. “Estamos celebrando a natividade de São João Batista, lâmpada que arde e ilumina, este é o lema de nosso centenário. Deus em sua infinita misericórdia faz maravilhas no meio de nós. Assim como a Mãe de Jesus já tinha cantado as maravilhas de Deus, também nós queremos cantar as maravilhas de Deus no meio do povo. Discípulos missionários, somos todos luz do mundo. Queremos continuar sendo luz do mundo, para iluminar a vida de nossos irmãos e irmãs”, afirmou.
Ao recordar a história da diocese, dom Emanuel ressaltou que é um privilégio poder comemorar o centenário, pois esse ´o momento da colheita dos frutos dos antecessores, com todas as dificuldades e carências de recursos materiais e humanos que enfrentaram.
Além de citar momentos da história da diocese, bispos e padres que marcaram a caminhada da região, como monsenhor Aristides Marques da Rocha e padre Júlio Maria de Lombaerd, o bispo lembrou ainda da presença da Igreja local nas áreas da saúde, educação e promoção humana. “Podemos afirmar em sã consciência que a Igreja nestes cem anos cuidou do seu povo carente, doente, educando-o, como uma mãe cuida de seus filhos. Que o nome de Deus seja louvado em cada um de nós que se dedica a viver o discipulado missionário, ajudando a construir a história de nossa diocese”, disse.
Ao final, além de parabenizar a diocese, o presidente do Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) da CNBB e arcebispo de Uberaba, dom Paulo Mendes Peixoto, nascido na região, lembrou sua relação com a igreja local.
Dom Emanuel ainda retomou a presença dos símbolos na celebração, como o anel usado pelo bispo, que pertenceu a seu antecessor, dom Hélio Gonçalves Heleno; o cálice usado que pertenceu a dom Carloto Távora, primeiro bispo da diocese; e o báculo que teria pertencido ao terceiro bispo, dom João Batista Cavati.
Após leitura da ata de comemoração e da mensagem enviada pela nunciatura apostólica no Brasil para a ocasião, foi oferecido um jantar aos presentes. O povo voltará a se encontrar para celebrar o centenário uma última vez, em 1º de dezembro, data exata dos 100 anos de criação da diocese.
