Simplicidade é a palavra de ordem. Imagens da simplicidade do Papa Francisco entre os pobres rodam o mundo e comovem corações. E porque comovem, elas também movem os corações, pois somente um coração comovido ordena o corpo e a mente a fazerem algo em prol de outros. Imagens que dizem mais que mil palavras: imagens do Papa Francisco fazendo refeição junto dos empregados, cada um com o seu bandejão, inclusive o Papa; imagens do Papa numa comunidade de ciganos, na periferia de Roma; imagens dele andando de ônibus, pagando suas contas, falando com subalternos e com o povo comum; imagens dantes nunca vistas; imagens comuns, se ele não fosse quem ele é.
Em outras palavras, o Papa Francisco também está dizendo para nós como disse Jesus a Pedro: “Se eu não lavar os seus pés, você não terá parte comigo” (Jo 13,8), ou seja, se você não for humilde, você não terá parte na Igreja de Jesus Cristo, a qual outro Francisco, o de Assis, tanto quis reformar.
O Papa Francisco nos dá uma lição, um exemplo a ser seguido. Porque então somos, às vezes, tão arrogantes? Por que os políticos e chefes de Estado, em vez de servir o povo, agem com tanta arrogância e desrespeito à vida? Por que há pessoas que tratam as outras como se elas fossem inferiores, só por causa da cor da sua pele, da função que ela ocupa, ou por não ocupar cargo ou função alguma? Ou por sua classe social, sua condição sexual, sua religião etc.?
Pensemos nisso e sejamos mais humanos, no sentido divino do termo. Se você quer ser grande, tenha a humildade de se colocar no mesmo nível dos que não tem sua função, o seu grau de escolaridade ou os seus bens materiais. Assim você não só estará dando um belo exemplo de humildade, como também estará se aproximando mais de Deus. O Papa Francisco vem dando o exemplo. Imitemo-lo!
Além disso, temos o dever de cobrar dos nossos políticos que sejam mais humildes, afinal, é com o dinheiro público que eles ostentam o poder. Que esse poder seja transformado em serviço. Para Jesus, o mais poderoso é aquele que serve mais, e não aquele que rouba mais ou oprime mais. Foi essa a lição que ele deixou no Evangelho de João 13, 5-17, quando se levantou da mesa, tirou o manto, cingiu os rins com o avental, se abaixou e lavou os pés dos discípulos. Deu essa lição para que fizéssemos o mesmo. Assim, quando alguém é eleito para um cargo público, deveria tirar seu manto e se abaixar para servir o povo, pois o político autêntico é servidor do povo.