A Igreja tem se empenhado em defender e promover a instituição familiar, que tem a sua origem em Deus e no seu plano de salvação. Hoje, assistimos a uma corrente muito difundida em algumas partes, que tende a debilitar sua verdadeira natureza. Com efeito, não faltam tentativas, na opinião pública e na legislação civil, para equiparar a família a meras uniões de fato ou para reconhecer como tal a união de pessoas do mesmo sexo. Estas e outras anomalias levam-nos a proclamar, com firmeza pastoral, a verdade sobre o matrimônio e a família. Deixar de fazê-lo seria uma grave omissão pastoral, que induziria as pessoas ao erro, especialmente aquelas que têm a importante responsabilidade de tomar decisões sobre o bem comum da nação.
É necessário dar uma resposta vigorosa a esta situação, sobretudo através de uma ação catequética e educativa mais incisiva e constante, que permita incentivar o ideal cristão da comunhão conjugal fiel e indissolúvel, verdadeiro caminho de santidade e de abertura à vida.
Neste contexto, quero recordar a necessidade de respeitar a dignidade inalienável da mulher, para fortalecer seu importante papel, tanto no âmbito do lar como no âmbito da sociedade em geral. Com efeito, é triste observar como a mulher ainda é objeto de discriminações, sobretudo quando é vítima de abusos sexuais e da prepotência masculina. Por isso, é necessário sensibilizar as instituições públicas a fim de promover ainda mais a vida familiar baseada no matrimônio e proteger a maternidade no respeito pela dignidade de todas as mulheres. Além disso, nunca é demais insistir sobre o valor insubstituível da mulher no lar: ela, depois de ter dado à luz uma criança, é o constante ponto de referência para o crescimento humano e espiritual deste novo ser. O amor da mãe no lar é um dom precioso, tesouro que se conserva para sempre no coração.