Após retornar de viagem apostólica ao México, o papa Francisco encontrou-se com milhares de peregrinos, na Praça de São Pedro, no Vaticano. No contexto do 2º Domingo da Quaresma, 21 de fevereiro, foi meditado, no Angelus, sobre a Transfiguração de Jesus.
Recordando os momentos vividos no México, de 12 a 17 deste mês, o papa considerou a visita ao país como uma experiência de transfiguração. “O Senhor mostrou-nos a luz da Sua glória através do corpo da sua Igreja, o seu Povo santo que vive naquela terra. Um corpo tantas vezes ferido, um povo tão frequentemente oprimido, desprezado, violado na sua dignidade”, disse Francisco.
Na reflexão, lembrou, ainda, a peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, onde rezou diante do manto sagrado de Nossa Senhora.
“Permanecer em silêncio diante da imagem da Mãe era aquilo que em primeiro lugar me propunha. E agradeço a Deus que me concedeu. Contemplei e, deixei-me olhar por Aquela que traz gravada nos seus olhos os olhos de todos os seus filhos, e recolhe as dores pela violência, os sequestros, os assassinatos, os abusos em detrimento de muitas pessoas pobres, de muitas mulheres. Guadalupe é o santuário mariano mais visitado do mundo. De toda a América vão rezar onde a Virgem Morenita mostrou-se ao índio S. Juan Diego, dando início à evangelização do continente e à sua nova civilização, fruto de encontro entre as diferentes culturas”, lembrou o papa.
No Angelus, Francisco destacou que o México possui riqueza da diversidade cultural, além de uma fé sincera e forte, acompanhada de grande carga de vitalidade e de humanidade.
Ao final da meditação, o papa falou com emoção do encontro histórico, em Cuba, com o Patriarca de Moscou Kirill. “Um louvor especial elevamos à Santíssima Trindade por ter querido que, nesta ocasião, acontecesse em Cuba o encontro entre o Papa e o Patriarca de Moscovo e de Toda a Rússia, o caro irmão Kirill; um encontro muito desejado também pelos meus Predecessores. Este evento é uma luz profética da Ressurreição, da qual o mundo de hoje tem mais do que nunca necessidade. A Santa Mãe de Deus vai continuar a orientar o caminho da unidade”, agradeceu o papa.
CNBB com informações da Rádio Vaticano.