“Uma família humana, alimento para todos”, é uma grande campanha feita pela confederação mundial da Caritas, e tem como objetivo de colaborar com a erradicação da fome e da pobreza no mundo. O Papa Francisco fez a abertura da campanha em pronunciamento realizado no Vaticano.

Quando começamos a olhar para dentro de nós mesmos e refletimos sobre as questões em torno da fome, podemos perceber que somente trabalhando, como uma única família em um espírito de compaixão e de unidade, é que nós podemos finalmente pôr fim a uma grave injustiça: há comida suficiente no mundo e mesmo assim milhões de pessoas ainda sofrem com a fome.
No Brasil, o tema da campanha mundial foi adaptado e ficou “Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas”. No Brasil irá trabalhar na perspectiva dos direitos e da justiça social. A alimentação adequada e de qualidade é um direito humano e por isso deve ser garantida a todos os cidadãos de forma igualitária.
A Cáritas Brasileira pretende com a campanha, que vai até 2015, sensibilizar e mobilizar a Igreja e a sociedade sobre a realidade da fome, da miséria e das desigualdades no mundo e em nosso país.

A pobreza e as desigualdades no Brasil

Segundo o IBGE, o Brasil é a sexta economia mais rica do mundo, mas 57 milhões de pessoas ainda vivem em estado de pobreza, ou seja, sobrevivem com meio salário mínimo. Mesmo com programas de distribuição de renda promovidos pelo Governo Federal, 20% dos mais ricos ainda detém 63,8% da renda nacional, enquanto os 20% mais pobres acessam apenas 2,5% de toda a riqueza que é produzida pelo país.
O “Atlas de Exclusão Social: os ricos no Brasil”, mostra que o país tem mais de 51 milhões de famílias, mas somente cinco mil apropriam-se de 45% de toda a riqueza e renda nacional.

Por que o “direito à alimentação”?

Acreditamos que Deus criou um mundo em abundância. Há comida suficiente para todos, mas uma em cada oito pessoas passam fome todos os dias. Nós podemos mudar esta injustiça. O direito à alimentação é humano, legal e claramente definido na Declaração Universal dos Direitos Humanos, dando origem a obrigação dos governos em reduzir tanto a desnutrição, quanto a desnutrição crônica.
O direito à alimentação protege todos os seres humanos a viver com dignidade, livres da fome, da insegurança alimentar e da desnutrição.

Diocese de Governador Valadares

Há muitos anos que grupos organizados, católicos ou não, trabalham em nossa região promovendo a caridade fraterna. Iniciativa, sucedida em outros países, tem sido a criação de um “banco de alimentos”. Todos que quiserem participar e ajudar a promover alguma iniciativa que contribua para erradicação da fome são convidados a participar. Encaminhar e-mail para: caritasdiocesanagv@hotmail.com