A Bíblia é a fonte da catequese. Ela é indispensável nos encontros com catequizandos e nos encontros de formação dos catequistas. O catequista é o transmissor do Evangelho. “Como posso entender as Escrituras se não tem quem me explique” (At 8,31). Ninguém dá aquilo que não tem. O catequista necessita de constante formação.
A catequese é um tempo favorável que nos convida a dedicar maior atenção à reflexão sobre a Palavra de Deus. Ler a Palavra de Deus é como ler uma carta de um grande amigo. Quando lemos a Bíblia estamos trazendo Deus para mais perto de nós, colocando-o presente em nossa vida. Ao lermos a Bíblia devemos deixar que ela nos conduza, pois se trata de um livro vivo e, como tal, quer entrar em diálogo com quem o está lendo, quer influenciar sua vida, sua consciência.
Jesus é o centro do anúncio catequético. A legítima catequese é sempre cristocêntrica. O caminho catequético passará pelo seguimento e missão. A catequese deve dar a conhecer ao catequizando o conteúdo da vida de Jesus, que se torna em tudo igual ao homem, menos no pecado. É preciso que o catequizando saiba algo sobre a infância, as origens, a vida oculta de Jesus, a concepção virginal, o batismo, o deserto, as tentações, a sua pregação. É importante que se conheça também a relação entre Jesus e o Pai, a sua consciência da missão, sua vida de oração, seu projeto do Reino de Deus, seus gestos e palavras. É de fundamental importância que se compreenda bem o significado da ação amorosa e salvífica realizada pelo Pai através da vida, paixão, morte e ressurreição de seu Filho Jesus.
A Igreja é sinal do Reino. É responsável por levar a Boa Nova de Jesus até os confins da terra. Por isso, é fundamental que o catequizando saiba o que é Igreja; saiba sobre sua fundação; conheça um pouco da sua história, as dimensões que a definem (una, santa, católica e apostólica); quais são seus principais ministérios e qual sua missão primordial. É inevitável que o catequizando tome conhecimento do maior evento eclesial do séc. XX – o Concílio Vaticano II – e quais as viradas eclesiológicas advindas deste Concílio. É preciso também que ele tome consciência de que a Igreja é uma Igreja sempre a caminho, “em saída missionária”.