I – DADOS BIOGRÁFICOS
Dona Zulmira nasceu numa família de 7 (sete) pessoas; onde ela era a filha mais velha. Atualmente todos mortos, (refiro-me aos Pais e aos 05 (cinco) filhos). Todos foram católicos praticantes.
Seus Pais:
Francisco Pereira da Silva e
Maria Barbosa da Silva
Local de Nascimento: Guanhães – MG.
Data de Nascimento: 27 de Setembro de 1889
Estado Civil: Solteira
ZULMIRA PEREIRA DA SILVA, de Guanhães, veio para a Figueira do Rio Doce (Governador Valadares) em 1933, alojando-se na Rua Quintino Bocaiúva, esquina com a Rua Israel Pinheiro, unida ao Mercado Municipal da cidade, quando esta cidade tinha uma população de 3.000 a 4.000 habitantes.
Fez sua casinha de 04 cômodos com seus próprios recursos, nela escreveu “CASA DOS POBRES”.
Recolhia as pessoas desvalidas, doentes e portadores de feridas, enfim, todos que dela necessitava. A quem morria se incumbia do enterro.
Passou a ter o apoio da sociedade e de autoridades da época, a partir do ano de 1937; ou 1938. Permaneceu naquele local até o ano de 1965.
II – A OBRA
A partir de 14/02/1960 a “CASA DOS POBRES” passou a chamar-se “FUNDAÇÃO DONA ZULMIRA”, tendo Dona Zulmira como presidente de honra, nome esse que permaneceu durante 13 anos, ou seja, até 03/06/1973. Em 1960 iniciaram-se em novo endereço (que permanece até a presente data) os preparativos para a construção do novo prédio, (onde funcionaria a Fundação), que foi inaugurado em de 30 de janeiro de 1965.
Dona Zulmira encerrou suas atividades em 1965, por motivo de saúde, vindo a falecer em 16 de outubro de 1971.
A – Mudança de Endereço
Motivos da saída da Fundação Dona Zulmira do centro da cidade:
1º) Falta de espaço, a “Casa dos Pobres” ocupava apenas um lote com 360m2 e já todo construído;
2º) Emancipação política; a Figueira do Rio Doce passando a cidade em janeiro de 1938 e crescimento populacional vertiginoso, sem estruturas de atendimentos médicos apropriados;
3º) Impossibilidade de organização; local pequeno com um grande número de internos e ainda todo tipo de doenças.
B – Coadjuvantes
Autoridades envolvidas nos custeios de manutenção e construção da “FUNDAÇÃO DONA ZULMIRA”
Todas as autoridades da cidade constituídas daquela época incluindo particulares, pioneiros, comerciantes, fazendeiros, etc,
foram presidentes da casa, ao tempo da “FUNDAÇÃO DONA ZULMIRA”:
Sr. LAÉRCIO DUARTE BYRRO – 14/02/1960 A 26/01/1964;
Sr. WILSON VAZ – 27/01/1964 A 02/06/1973.
C – Nova Alteração do Nome
A partir de 03/06/1973, por motivos de dificuldades financeiras e administrativas, a Fundação Dona Zulmira passou para o domínio da Sociedade de São Vicente de Paulo, mudando o nome para “CASA DE RECUPERAÇÃO DONA ZULMIRA” e sendo administrada pelos seguintes presidentes:
1. Confrade Romualdo Ferreira Ramos ———–03/06/1973 a 17/05/1977;
2. Confrade Geraldo Ponciano de Barros———18/05/1977 a 16/11/977;
3. Confrade Tomé Campos—————————- 17/11/1977 a 02/03/1981;
4. Confrade Dílson Coelho Teixeira —————– 03/03/1981 a 14/12/1987;
5. Confrade Reduzino Vieira —————————15/12/1987 a 10/03/1990;
6. Confrade José Soares de Oliveira —————-11/03/1990 a 26/03/1994;
7. Confrade Walter Perttersem ———————— 27/03/1994 a 13/03/1998;
8. Consócia Maria Aparecida Penha Gomes—– 14/03/1998 a 07/04/2002;
9. Confrade Hélio Heleno da Silva ——————- 08/04/2002 a 09/04/2006;
10. Confrade Adão Estanislau de Souza ———- 10/04/2006 a 25/05/2008;
11. Confrade Adair José Rodrigues —————– 26/05/2008 a 22/05/2010;
12. Confrade José Gomes Neto ———————- 23/05/2010 a 05/2012.
D – Aspectos Legais
A partir de setembro de 2005 a Casa de Recuperação Dona Zulmira da SSVP, passou a ser regulada por leis Federal, Estadual e Municipal, se tornando efetivamente uma ILPI – Instituição de Longa Permanência para Idosos, (Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 283, da ANVISA, de 26 de setembro de 2005; Resolução nº 109, do CNAS, de 11 de novembro de 2009 e Resolução nº 16, do CNAS, de 05 de maio de 2010).
Somos fiscalizados e orientados pela Promotoria Pública e Vigilância Sanitária de Governador Valadares. A casa não é classificada como hospital, em obediência a Lei, acolhe somente idosos com 60 (sessenta) anos ou mais, desde que não sejam portadores de doenças contagiosas, não estejam em tratamento psiquiátrico e não sejam dependentes químicos.
O atendimento está direcionado a toda cidade, inclusive às cidades da região. Portanto, o trabalho desenvolvido é de fundamental importância para a comunidade local e regional. O acesso aos serviços prestados é através de uma avaliação dos profissionais de saúde e diretoria da entidade. A busca permanente da participação do Poder Público, Comércio, Indústrias, Entidades de Classes, Igrejas, Associações e da Comunidade em geral, (Vicentina ou não), é de vital importância para o funcionamento da Entidade, no seu trabalho de assistência social.
Não há no desenvolvimento de suas atividades qualquer vínculo partidário. A linha espiritual (sua ideologia) é Católico-Romana, porém não há distinção de cor, raça, sexo, nacionalidade, credo religioso, convicção política ou qualquer outra condição para o atendimento.
E – Estrutura Administrativa
A Casa de Recuperação Dona Zulmira é administrada por uma diretoria voluntária composta por 01 presidente, 01 vice-presidente, 1º e 2º secretário(a), 1º e 2º tesoureiro(a) e 04 vogais. Conta atualmente com um quadro de funcionários: 01 coordenadora administrativa, 01 secretária, 01 motorista, 05 serviços gerais, 02 cozinheiras, 01 lavadeira, 01 pedreiro, 10 técnicas em enfermagem, 02 enfermeiras, 01 farmacêutica e 01 fisioterapeuta.
Contamos com ajuda voluntária de pessoas e empresas; Consultório Odontológico de segunda a sexta-feira e uma médica, com atendimento aos internos uma vez por semana, mantidos pelo Município. Contamos também com ajuda voluntária de alguns médicos como segue:
Drª Mônica Pacheco – Geriatra;
Dr. Marcos Quitete e Dra. Andréia Quitete – Dermatologistas;
Dr. Marcos Antonio – Cardiologista;
Dr. Cícero Morais e Dr. Tadeu M. Chaves Correia – Ortopedistas;
Dr. Fernando – Clínico Geral.
Trabalhos atualmente desenvolvidos: Abrigo e recuperação da saúde;
Tipo de abrigo: Enfermarias e quartos;
Capacidade de atendimento: 50 residentes;
Idade: 60 anos ou mais;
Sexo: masculino e feminino;
Atendimento: 24 horas;
Número de pessoas residentes atualmente: 17 masculinos e 27 femininos.
“Desta forma, todos juntos, unidos, continuamos dando nossa parcela de auxilio humanitário e espiritual a todos que de nós necessitam, dentro de nossas possibilidades”.