No dia 04 de agosto de 2020, às 19h30, o pároco, Pe. Gustavo Moreira Mendes, celebrou Missa em Ação de Graças pela criação de nova Comunidade na Paróquia Santo Antônio em Naque. Trata-se da Comunidade localizada no Morro Vieira, que terá como Padroeira Santa Dulce dos Pobres, o Anjo Bom do Brasil. Com mais essa Comunidade, Paróquia de Naque passa a ser constituída por uma rede de 14 Comunidades atuantes nas ações de Evangelização e no serviço pela transformação social.
Por Pe. Gustavo
SANTA DULCE DOS POBRES
“No amor e na fé encontraremos as forças necessárias para a nossa missão”
Primeiros passos da Santa
Segunda filha do dentista e professor Augusto e de Dulce Maria, nasce em 1914 na cidade de Salvador, Irmã Dulce, que recebeu o nome de Maria Rita.
A vocação para trabalhar em benefício da população carente surgiu desde muito nova.
Com influência e apoio de sua família passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, e ao visitar regiões mais pobres de sua cidade, manifestou o interesse de se dedicar à vida religiosa e aqueles que mais precisavam.
Em 1933, após sua formatura como professora, entra para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus em Sergipe, em 1933 recebe seu hábito de freira e adota o nome Irmã Dulce, em homenagem a sua mãe.
Já em 1935 prestava assistência à comunidade pobre da região e ensinava, fundando a primeira organização operária católica e também o Colégio Santo Antônio, escola pública voltada a operários e seus filhos.
Amor e serviço
Em 1939, Irmã Dulce invade cinco casas para abrigar doentes que recolhia nas ruas de Salvador. Expulsa do lugar, ela peregrina durante uma década, levando os seus doentes por vários locais da cidade.
Por fim, em 1949, ela ocupa um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio, com os primeiros 70 doentes.
Já em 1959, é instalada oficialmente a Associação Obras Sociais Irmã Dulce e no ano seguinte é inaugurado o Albergue Santo Antônio.
Em 1988, ela foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, Irmã Dulce ouvia do Papa João Paulo II, na sua primeira visita ao país, o incentivo para prosseguir com a sua obra.
Já em 1991, na segunda visita do Sumo Pontífice ao Brasil, João Paulo II fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar a religiosa baiana, cuja saúde já se encontrava bastante debilitada em função de problemas respiratórios. Cinco meses depois da visita do Papa, os baianos chorariam a morte do Anjo Bom do Brasil.
Irmã Dulce morreu em 13 de março de 1992, pouco tempo antes de completar 78 anos.
No velório, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, em Salvador, se misturavam a dor de milhares de pessoas simples e anônimas a de políticos e artistas.
A fragilidade com que viveu os últimos 30 anos da sua vida não impediu que ela construísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país, uma verdadeira obra de amor aos pobres e doentes.
Canonização
Milagres foram atribuídos à Irmã Dulce que foi beatificada em 2011, e canonizada em celebração presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, no dia 13 de outubro de 2019, sendo elevada aos altares na condição de Santa Dulce dos Pobres.
Legado
- As raízes da Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) datam de 1949.
- Atualmente, a entidade filantrópica abriga um dos maiores complexos de saúde 100% SUS do país.
- Ao longo de sua trajetória de amor e serviço aos pobres e doentes, Irmã Dulce nos deixou uma verdadeira lição de fé, esperança e serviço ao próximo.
- Aprendamos um pouco mais com seu testemunho de vida.
SANTA DULCE DOS POBRES, rogai por nós!
Fonte: Obras Sociais Irmã Dulce – OSID