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Cultivar diariamente a Vocação recebida – Parte 2

Cultivar diariamente a Vocação recebida – Parte 2

A nossa fidelidade a Jesus Cristo e nossa perseverança dependerão do nosso sim sempre renovado, diariamente, do nosso amor total e exclusivo a Ele que nos chamou e nos oferece as graças necessárias para o cumprimento da missão. Por isso, a nossa grande preocupação deverá ser esta: crescer diariamente na intimidade com o Senhor, conscientes de que Ele realmente nos chama, antes de tudo, a participar de um modo especial de sua amizade: “já não vos chamo servos, mas amigos”.

O chamado dos doze em Marcos (3, 1-9) foi assim: “Jesus subiu o monte e chamou os que Ele quis, para que ficassem com Ele e para enviá-los a pregar com autoridade para expulsar os demônios”.

Portanto, vocação é um chamado de Deus. A iniciativa é divina. É um chamado de Deus a espera de uma reposta humana, que seja livre, consciente e generosa.

Afirma o Apóstolo Paulo que “o chamado de Deus é irrevogável”. Deus, depois que chama, não volta atrás. Ele continua chamando sempre, não desiste jamais. Ele não se arrepende do chamado feito e, mesmo que lhe sejamos infiéis, Ele continua sendo fiel sempre.

Se, de um lado, o chamado é irrevogável, de outro, o sim dado num determinado momento da vida, precisa ser renovado e atualizado todos os dias. E a consequência, o resultado do sim renovado, diariamente, será a fidelidade, a perseverança. Foi justamente isso que São Paulo pediu a Timóteo: “Convido a reavivar o dom de Deus que está em você pela imposição das minhas mãos” (1Tm 1, 6).

É muito fácil dizer sim num determinado momento da vida, tanto na vida matrimonial quanto na vida consagrada. Para que sejamos firmes, fiéis e perseverantes devemos renovar, atualizar o nosso sim todos os dias. Foi assim com Maria e deverá ser assim também conosco. Mais do que ninguém Maria soube renovar o seu sim ao longo da sua vida, principalmente nos momentos mais difíceis: no nascimento do Menino Deus; na fuga para o Egito, para escapar da fúria de Herodes que queria matar o Menino Deus; na perda do menino Jesus no templo; no “silêncio de Deus” durante trinta anos, quando Jesus era apenas um simples carpinteiro e não havia começado o seu ministério; na crucificação de Jesus na Cruz, onde ela permaneceu de pé, sendo solidária com seu filho.

Que Maria, do sim sempre renovado, nos ajude a renovar também o nosso sim, ao longo da nossa vida!

Dom Félix

Fonte: Artigo “A Amizade com Jesus na Palavra e na Eucaristia” (29ª Parte).

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