No caminho de escuta sinodal, buscou-se identificar a relação entre Autoridade e Comunidade. Como é exercida a autoridade, dentro de nossa caminhada de Igreja? Há respeito às pessoas? Há estímulo à participação de todos? Há preocupação com a promoção do ministério dos leigos? Na síntese das respostas, surgiram pontos positivos, como: respeito mútuo entre autoridade e povo, exercício do diálogo, sem imposição; certa participação, na tomada de decisões e na mediação de conflitos. Em geral, a autoridade do padre e dos líderes comunitários é exercida com base no respeito, diálogo, e na tentativa de que não ocorra imposição, uma vez que as decisões são tomadas pela Comunidade, através de seus representantes.
No entanto, foram apontadas algumas dificuldades, no exercício da autoridade. Há situações isoladas de autoritarismo, imposição e desrespeito. O empenho na formação dos leigos é limitado. Isso dificulta maior participação nas decisões da vida da Comunidade e da Paróquia. Também notou-se que falta clareza dos fiéis, sobre o conceito de autoridade. Há leigos que reproduzem um modelo clericalista de autoridade, e se distanciam do serviço ao povo. Em algumas reuniões, os temas são discutidos, mas, na hora da decisão, a palavra da autoridade pesa mais que a do povo. Ainda temos um longo caminho a percorrer, na busca do fortalecimento da sinodalidade, em nossas Comunidades.
Entre as sugestões para avançarmos na prática sinodal, apareceram: trabalhar a formação e renovação constante das lideranças; que as informações cheguem a todos os fiéis, de maneira clara, de modo a favorecer maior participação e engajamento de todos; que se siga o plano pastoral, e que a mudança de padres não interfira, de modo radical, no engajamento paroquial; que se promova uma formação integral dos leigos e leigas, com ênfase na área humana, na inteligência emocional, na dimensão sócio-política e no exercício da liderança sinodal.