Em virtude da grande certeza do triunfo de Cristo, Salvador dos homens, triunfo que é nosso porque nos faz participantes, a esperança nos oferece o modelo, a aparência e a garantia da confiança. Ela dá vigor e orientação ao caminhar, como comportamento moral. Esta firme esperança e confiança são absolutas porque se apoiam nas promessas divinas.
Ensina o Catecismo da Igreja Católica que “a virtude da esperança corresponde a aspiração da felicidade colocada por Deus no coração de todo homem; esta assume-se na inspiração às atividades dos homens; purifica para ordená-las ao Reino dos céus; protege contra o desânimo; sustenta em todos os momentos de abandono; dilata o coração na espera da bem-aventurança eterna. O impulso da esperança preserva do egoísmo e conduz à alegria da caridade” (CIC 1818).
Com a esperança lançamos para os céus nossa âncora, ali onde o Senhor já uniu. Jesus, que já penetrou na eternidade, é quem volta para este encontro definitivo com a humanidade, que é a parusia. Por isso, a esperança nos situa no terreno da história e da escatologia.
Como elevar os nossos corações à esperança, enquanto um conjunto de sinais levam a dúvidas, algumas fundadas, sobre a sobrevivência da instituição familiar, pelo menos segundo os esquemas atuais? Há sintomas evidentes de erosões, especialmente em alguns países, e anunciam-se fissuras preocupantes nas estruturas familiares em espaços mais amplos.
Contudo, pode ocorrer que as projeções representem uma ampliação indevida num plano universal de fenômenos que revestem características preocupantes em determinados países. Também naqueles mais atingidos pela sistemática destruição da família com a ‘conspiração’ do Estado, é necessário perguntar-se se não surgirá no futuro novas tendências e reações firmes que imponham forças políticas, começando com os mais comprometidos esforços pastorais dos cristãos, em direção a novos rumos e modificações. Dão-se sinais esperançosos que revelam uma nova dinâmica. Em todo caso, será possível que povos que receberam abundantes lições da história, caminhem para uma aventura com trágico final?
Vimos como certas conclusões derrotistas dão pouca consideração, em relação à preocupação fundamental da continuidade da família e com os muitos dados existentes nas pesquisas sociológicas, sobretudo nas respostas dos jovens, que aspiram, na grande maioria, formar um lar estável. Outro aspecto seria ver se de fato a conduta é adequada ao que expressam como ideal. As amargas experiências de um insucesso social sugerem já a alguns políticos consequentes políticas financeiras e atitudes de apoio e proteção à família.