Estamos no Mês Missionário. Teremos eleições. É possível votar nos candidatos que promoverão o bem de todos ou escolho quem vai beneficiar somente a mim e aos meus familiares? Voto é secreto, mas escolhas ruins são vistas a olho nu. É preciso exercitar a prática cristã em todos os locais, sob qualquer circunstância: em casa, no trabalho, na comunidade de fé, nos demais ambientes, na urna eletrônica… Precisamos testemunhar Cristo, agir com misericórdia e empatia, escolher o bem de forma integral e rejeitar completamente o mal. Ao seguir Jesus, você renuncia a morte e o pecado, pratica o direito e a justiça, ama e perdoa. Frases como “bandido bom é bandido morto” não combinam com o amor e a paz, que Jesus testemunhou e nos ensinou. Pedir a pena de morte, então, nem pensar! A missão do cristão é anunciar o Evangelho e denunciar as injustiças. Ninguém é obrigado a seguir o Mestre de Nazaré, mas se você optou por esse caminho, não tem como ser meio cristão e meio mundano. Se seguir Jesus é sua missão, abandone tudo o que é contrário à vida. Por mais difícil que tenha sido alguma experiência traumática, não tente assumir o lugar do Senhor, que é o único que pode julgar e condenar, dar e retirar a vida.
Boas e conscientes escolhas dão bons frutos. Escolhas ruins trazem consequências ruins, mas ensinam o caminho que não devemos peregrinar nele. Podemos e devemos aprender, com as lições que o passado nos proporcionou. Porém, por maior que seja o desejo de mudar o passado, isso é impossível. Você recebeu de Deus o precioso dom da vida, para amar e servir, perdoar e acolher, partilhar e pacificar. É doloroso saber que pessoas estão matando umas às outras, por causa de político de estimação. Acabou o respeito e voltamos à selvageria. Se as pessoas obedecessem a Lei de Deus e testemunhassem o Evangelho, com a mesma persistência com a qual defendem seus candidatos, teríamos muito menos conflitos e os relacionamentos seriam mais saudáveis. A política é importante, mas alguns preferem adorar políticos e fazer politicagem em vez de trabalhar em prol da política em sua essência, que inclui e dignifica.
Quem se coloca a serviço do reino de justiça, amor e paz, recebe do Senhor tudo o que é necessário, para ser missionário da fé e da esperança. É essencial escolher Deus ao invés do dinheiro, a vida ao invés da morte, a paz ao invés da discórdia. Precisamos agir para fazer o bem e nos omitir de fazer o mal. O silêncio é valioso, mas há situações em que palavras precisarão ser ditas, pois quem se cala diante das injustiças está cooperando com elas. Não se esqueça de que o seu chamado à vida é seu maior tesouro. Muitas são as missões existentes, mas há quem optou pela omissão. Tanto quanto ou mais grave que a ação, a gente fere e mata quando omite socorro, deixa de ajudar o irmão em situação de rua, nada faz para auxiliar um dependente de álcool e drogas a sair do vício… Triste é qualquer tipo de discriminação, mas há pessoas dentro da Igreja julgando e condenando umas às outras, só porque pecaram de maneira diferente. A gente tem a tendência de supervalorizar nossas qualidades e minimizar nossas falhas; isso não é testemunho cristão. É preciso deixar o homem velho no passado e tornar-se um homem novo, renovado pelo Espírito Santo, promotor da justiça e da paz, obediente a Deus e aos seus mandamentos.