Com a presença das CEBs, pastorais, movimentos sociais, catadores e catadoras da ASCARF (Associação dos Catadores de Recicláveis Reciclando Hoje por um Futuro Melhor), juntamente com seus familiares, foi realizada, ontem, dia 23/02, em frente à prefeitura, uma manifestação em favor da ASCARF, na qual foi cobrado do Poder Público pendências que se arrastam ao longo do tempo, como a publicação do Edital de Chamamento Público, critério para que a associação possa se credenciar no programa da Coleta Seletiva e outra pendência que é a estruturação do galpão, em condições precaríssimas.
Criada em agosto de 2018, a ASCARF funciona num galpão no Distrito Industrial, desde final de 2019, quando as catadoras e catadores lá chegaram com expectativa de melhores condições de trabalho, diferente do ambiente completamente insalubre que é o lixão da cidade onde trabalhavam.
Foi uma manifestação pacífica, traduzida com faixas, cartazes e com falas importantes das catadoras, catadores, pastorais e movimentos sociais presentes.
Keila Alves, catadora e coordenadora da ASCARF, fez um breve relato de todas as lutas da Associação, desde a sua criação, e cobrou uma postura de respeito e valorização por parte da Administração Municipal, que não cumpre com aquilo que é de direito da ASCARF.
Railine, outra catadora da ASCARF, posicionou-se de forma contundente, cobrando respeito e posicionamento imediato do Poder Público em relação às necessidades urgentes da Associação, como exemplo, a construção da cobertura do galpão, que tem recursos aprovados por emenda parlamentar, depositados na conta da Prefeitura há seis meses. Com as chuvas intensas que ocorrem em nossa cidade, os catadores tiveram um grande prejuízo e perderam todos os fardos de materiais recicláveis (vide foto).
Durante a manifestação, foi formada uma comissão com catadores e lideranças, que tentou falar com o prefeito, mas não foi possível.
Sigamos unidos e fortalecidos no companheirismo, na solidariedade e no compromisso de defender os que lutam pelo direito à vida e ao trabalho digno!
Cláudia Miffarreg – CEBs