“Como culpar o vento pela desordem feita, se fui eu que esqueci as janelas abertas!”. (Autor desconhecido)
Olá gente!
A capacidade emocional para assumir as responsabilidades pelas próprias ações aparece, em regra, com a maturidade, ou seja, o amadurecimento leva à percepção de existência entre causa e efeito; mostra que cada ação (ou omissão) desafia reações e consequências diversas. Uma pessoa imatura tem maior dificuldade para compreender tudo isso.
O pensamento expresso na epígrafe deste artigo ajuda a refletir sobre o tema responsabilidade e, entre outras questões, permite dois apontamentos interessantes. O primeiro ponto decorre da capacidade de perceber a falta de sentido – o absurdo, talvez! – de atribuir a ‘culpa’ a quem, na verdade, não é o verdadeiro culpado.
O vento apenas entra nos espaços abertos e provoca neles as alterações compatíveis com sua essência e natureza. Não há no movimento do vento uma intencionalidade, um dolo, um desejo de intervir na realidade para provocar efeito que gere prejuízo… ele apenas ‘transita’ pelos espaços e revolve o que encontra.
Culpar o vento é, evidentemente, transferir responsabilidade. Fechar imaturamente os olhos para o real motivo da desordem vivida. Empurrar para longe de si a responsabilidade por não ter fechado as janelas que permitiram a entrada do vento, aliás, diga-se de passagem, a entrada do vento não é algo inesperado ou surpreendente, ao contrário, é previsível!
O segundo ponto interessante nasce quando se pergunta sobre quem é responsável por fechar as janelas para que o vento não entre para desordenar tudo! No pensamento acima citado fica claro que as janelas abertas foram esquecidas por um “eu”, portanto, ter coragem (habilidade emocional!) para assumir que deixei de fazer o que deveria ter feito é fundamental para compreender e lidar com as desordens que os ‘ventos’ fazem na vida.
Há pessoas que gastam preciosos momentos de suas vidas arrumando desordens geradas por ventos que jamais entrariam em seus territórios emocionais se tomassem a simples inciativa de fecharem suas janelas. É importante compreender que deixar de fechar as janelas é dar algum tipo de permissão para que os ventos entrem e desordenem os espaços; que leve sujeira e crie clima ruim.
Quando se compreende que o vento entra quando se permite nos faz senhores/senhoras de nossos próprios espaços; nos faz escolher o melhor momento para que o vento entre para arejar e trazer a boa sensação de leveza, bem como escolher o momento de fechar a janela para preservar a ordem que gera segurança, alegria, felicidade, realização.
Que janelas você tem esquecido abertas em sua vida? Que desordens os ventos estão provocando ao entrarem pelas janelas que você deixa abertas? Quais janelas você precisa fechar para ter melhor controle de seus espaços internos?