A história do Grito dos(as) Excluídos(as):
A proposta do Grito surgiu no Brasil no ano de 1994 por iniciativa da CNBB e o 1º Grito dos Excluídos foi realizado em setembro de 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade. Em 1999 o Grito rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas.
O que é:
• O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto a pessoas, grupos, entidades, Igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.
O Grito dos Excluídos constitui-se numa mobilização com três sentidos:
• Denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social;
• Tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome;
• Propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos.
Metodologia:
• O Grito privilegia a participação ampla, aberta e plural. Os mais diferentes atores e sujeitos sociais se unem numa causa comum, sem deixar de lado sua especificidade.
• O Grito tem, a cada ano, um lema nacional, que pode ser trabalhado regionalmente, a partir da conjuntura e da cultura local. As manifestações são múltiplas e variadas, de acordo com a criatividade dos envolvidos: caminhadas, desfiles, celebrações especiais, romarias, atos públicos, procissão, pré-Gritos, cursos, seminários, palestras…
• O Grito foi concebido para ser um processo de construção coletiva; neste mutirão estão juntos Pastorais Sociais, Semana Social Brasileira, movimentos populares, sociais e sindicais, Campanha da Fraternidade, Jubileu, Grito Continental, Igrejas, Mutirão contra a Miséria e a Fome.
Por que o 7 de setembro:
• É o dia da comemoração da independência do Brasil e nada melhor do que esta data para refletir sobre a soberania nacional, que é o eixo central das mobilizações do Grito. O evento propõe superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna.
• O Dia da Pátria, além de um dia de festa e celebração, vai se tornando também um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial. É um dia de sair às ruas, comemorar, refletir, reivindicar e lutar.
Objetivo:
• Organizar o máximo de ações que fortaleçam a organização, a mobilização e as lutas populares.
• Anunciar em diferentes lugares, sinais de esperança da construção de um mundo melhor a toda população.
• Denunciar toda e qualquer injustiça cometida pelo sistema neoliberal, irradiando a mensagem que as mudanças acontecerão com o povo em luta, ocupando praças e ruas por direitos e liberdade.
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