Sair da passividade

Toda pessoa que se lamenta de uma particular situação deve se dar conta de que ela própria contribuiu para criá-la. Com suas ações (ou omissões) colocou – ao menos em parte – as premissas para a realização daquilo de que depois se lamenta.  É importante entendermos esse fato, pois muitas pessoas preferem dar as costas a essa verdade. Usam, então, um instrumento de fuga chamado “mecanismos auto-enganadores”. Não é o acaso que causa a solidão, incompreensão e tédio. Quem sofre emotivamente, é responsável pela própria situação, mesmo que se trate de uma parte mínima de responsabilidade.

É necessário que entendamos uma coisa: enquanto a pessoa não aceitar esta responsabilidade, não haverá qualquer estímulo para que se mude. Se alguém continuar acreditando que a própria desgraça é causada pelos outros, pelos “maus superiores”, por um trabalho inadequado, resumindo, por qualquer coisa que esteja “fora” dele, por que investir energias na mudança pessoal?   Vamos pensar em um caso do dia-a-dia para ilustrar um pouco do que quero explicar. Uma mãe desesperada reclama: “Não aguento mais! Meu filho não faz outra coisa a não ser ficar na internet”. Uma amiga, então, pensa um pouco e lhe responde: “E você não é capaz de colocar um limite? Não é capaz de desligar ou tomar o aparelho que ele usa para acessar a internet?”

Cada qual deve assumir aquilo que lhe acontece. Não dizer “prejudicaram-me”, mas sim “deixei que me prejudicassem”. Vamos retirar as máscaras que nos atrapalham ver o que está a nossa frente, pois, verdade seja dita, a desculpa do “não posso”, muitas vezes, é usada para maquiar (ou esconder) a verdade do “não desejo”. Enquanto uma pessoa acreditar que não pode, não conseguirá nunca se conscientizar de que poderá contribuir ativa ou passivamente para resolver a situação. Portanto, o principio é obvio: toda vez que você lamenta de uma situação, verifique se você não contribuiu para cria-la.

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