No contexto dos debates e votações acerca dos Planos Municipais de Educação, quero dizer uma palavra de orientação ao povo de Deus a respeito da inclusão da ideologia de gênero nos textos em discussão.
A proposta de universalização do ensino e o esforço do Estado em estabelecer a inclusão social como eixo orientador da educação merecem nosso apoio e consideração ao apontar para a construção de uma sociedade onde todas as pessoas sejam respeitadas, mas a introdução da ideologia de gênero na prática pedagógica das escolas trará conseqüências desastrosas para a vida das crianças e das famílias.
Pretender que a identidade sexual seja uma construção só cultural, com a conseqüente escolha pessoal, como propõe a ideologia de gênero, não é caminho para combater a discriminação das pessoas por causa de sua orientação sexual. Essa ideologia destrói o conceito de família, que tem seu fundamento na união estável entre homem e mulher.
É dever da Igreja combater todo tipo de discriminação para que nossa sociedade seja mais fraterna e solidária, mas é dever do Estado oferecer a toda pessoa os meios necessários para uma educação livre e autêntica, respeitando o papel insubstituível dos pais na educação de seus filhos como os primeiros responsáveis por introduzi-los na vida em sociedade.
Que Deus inspire os legisladores na responsabilidade que têm nesse momento e anime os educadores na nobre e sublime tarefa de colaborar com os pais em sua missão de educar!