No caminho de escuta sinodal, em nossa Diocese, buscou-se avaliar a forma como são tomadas as decisões, nos ambientes comunitários. Também queríamos apontar o que poderia ser melhorado, para que haja participação de todos e transparência, nas principais decisões. Chegou-se à conclusão que as decisões mais importantes sejam colocadas em pauta, nas reuniões dos Conselhos Pastorais e Administrativos. Nas Comunidades, as decisões são compartilhadas e discutidas com todos, e cada um expressa o seu modo de pensar. Uma parte significativa tem a liberdade de se expressar, para alcançar a melhor solução. Temos sinais de um princípio de sinodalidade. Mesmo assim, a tentação de decidir sozinho, e por força da autoridade, sempre se faz presente; e tem de ser enfrentada.
Uma dificuldade para o caminho sinodal é, na maioria das vezes, que as decisões vêm “mais ou menos prontas”, para serem apenas confirmadas pelos membros dos Conselhos e da Comunidade. Há pouca participação dos representantes das Pastorais e Movimentos. Muitas vezes, a decisão é tomada pelo Pároco, sem consultar os Conselhos Pastoral e Econômico-Administrativo. Realizam-se Assembleias Paroquiais e Diocesanas, tomam-se decisões, e escolhem-se prioridades, mas nem sempre essas decisões e prioridades são levadas em conta, na prática pastoral. Falta unidade pastoral e temos dificuldade de caminhar juntos. Falta discernimento e planejamento pastoral; nem sempre se sabe para onde vai.
Da escuta sinodal vieram também sugestões, para nos ajudarem a discernirmos e decidirmos juntos: ampliar a presença e participação dos Coordenadores de Pastorais, Movimentos e Comunidades, nas reuniões dos Conselhos Comunitários e Paroquiais; investirmos na formação do Clero e dos Leigos, para a sinodalidade; valorizarmos o papel e a atuação das mulheres, na tomada de decisões; divulgarmos melhor as reuniões dos Conselhos, não só nas Missas, mas também em Redes Sociais; comunicarmos, com transparência e clareza, as decisões tomadas, inclusive nos âmbitos administrativo e financeiro; implantarmos o CPC e CPP, onde não têm; promovermos assembleias com caráter decisório, e aplicá-las; colocarmos em prática a escuta e as mudanças propostas para o caminho sinodal.